terça-feira, 17 de maio de 2011

O Amortecedor do pica-pau (Michelson Borges)

Se um ser humano batesse a cabeça numa árvore com a força e a velocidade proporcionais às de um pica-pau, seu cérebro seria danificado. A cabeça da ave suporta desacelerações de até 1.200g enquanto ele bica uma árvore até 22 vezes por segundo. Já os seres humanos aguentam apenas de 80 a 100g. Como o pica-pau consegue essa proeza?

Os cientistas Sang-Hee Yoon e Sungmin Park, da Universidade da Califórnia, desvendaram o mistério. Eles estudaram o movimento do bicho, fizeram vídeos e uma tomografia computadorizada da cabeça e do pescoço da ave. Assim, identificaram quatro estruturas que absorvem o choque mecânico. Segundo a revista Galileu, “trata-se de seu bico duro, mas elástico; um osso de suporte à língua que se estende por trás do crânio (chamado hióide); uma área de osso esponjoso em seu crânio; e um líquido cefalorraquidiano. Todas essas estruturas funcionam juntas para absorver as pancadas”.

Com a descoberta, os pesquisadores puderam simular o mecanismo do pica-pau e construir um sistema de absorção de choque mecânico. Eles utilizaram metais, borracha e até esferas de vidro. A ideia é reforçar as caixas-pretas dos aviões para suportar choques muito fortes e desacelerações severas, entre outras aplicações, inclusive militares.

Se o pica-pau também evoluiu ao longo de milhões de anos (como supõem os darwinistas), como explicar essa capacidade amortecedora que depende de várias partes que somente funcionam quando estão conectadas? O que evoluiu primeiro: o bico duro e elástico, o osso de suporte, o osso esponjoso ou o líquido cefalorraquidiano? Se um elemento depende de todos os outros para funcionar (e evitar que o cérebro do pica-pau vire geleia na primeira pancada), a resposta mais lógica é que foram criados juntos.

Michelson Borges

As três faces do Amor - De Len McMillan. Parte 3


A face "apesar de"
Esta espécie de amor simplesmente ama. Diferente da face "se", esta face não é baseada em motivação egoísta. Nada espera em troca. Diferente da face "porque", não depende do aspeto atrativo da outra pessoa. Olha além das boas e más qualidades e fita a alma. É capaz de amar mesmo quando rejeitada. Vê o belo no feio. Descobre valor infinito num ser finito. Olha com amor a todos a seu redor.
Onde achamos uma face tão amável? A expressão máxima deste amor é Jesus. Ele veio para amar a humanidade apesar de tudo. Veio para introduzir uma face de amor que faltava desde o Jardim do Éden. Trouxa a esta terra um amor incondicional, sem temores ou motivação egoísta.
Jesus não trouxe uma face do amor que diz: "Eu o amarei se você for uma boa pessoa. Eu o amarei se você me adorar. Eu o amarei se for um dizimista fiel." Nem trouxe Ele uma face do amor que arrazoa: "Eu o amo porque você ora cada dia. Eu o amo porque você vai à igreja cada semana." Tudo isto mede nosso amor a Deus, mas não mede o amor de Deus por nós.
Deus não impôs condições a Seu amor. Com efeito, "Deus prova seu próprio amor para conosco, pelo fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8). Deus não espera até merecermos ser amados. Não há "se" nem "porque" no amor de Deus. Ele simplesmente ama! Ele é amor! Este amor continua ainda que não o mereçamos.
Jesus demonstrou o poder do amor tipo "apesar de" quando chorou pela morte de Lázaro. Os que o viram chorando disseram: "Vede quanto o amava!" (João 11:36). Isto era amor a despeito do que Lázaro fosse. Lázaro não merecia ser ressuscitado, mas Jesus o amava o bastante para chamá-lo da sepultura.